D. Quixote do Turismo
Por Áureo Roffé
A
saga começou quando chegando a Santarém me deparei com um cenário magnifico, o
que me levou ao imaginário e em consequência disso senti a necessidade de
também imitar os cavaleiros andantes. Como um cavaleiro vesti uma velha armadura,
pertencentes a um dos meus companheiros que há muito já militavam pelo turismo.
Juntei-me a profissionais e estudantes para
nessa empreitada atuarem como Sancho Pança (prometendo-lhes, que se fossem
fieis escuteiros, conseguiríamos a bonança turística). Montei o meu cavalo, que
batizei com o nome de Muiraquitã, e transformei-me no Dom Quixote do Turismo.
Cavaleiro e escudeiros, partem em busca de
aventuras, lutando em favor do destino, protegendo nossos atrativos naturais,
capacitando e qualificando profissionais em perigo, e tantas outras comunidades
esquecidas. Os feitos que se espera realizar, dedica-se por antecipação, a
donzela “Pérola do Tapajós”, na verdade, uma cidade da região oeste do Pará em
que vivo, mas que na prodigiosa
concepção é a mais digna das damas. Tudo tão real quanto o demais.
Durante as aventuras, alguns escuteiros,
tentaram inutilmente incutir em D. Quixote do Turismo algum principio de
realidade, isto porque durante todo o tempo vinha alguma lembrança como: Não
adianta, nada aqui vai pra frente, é tudo a mesma coisa, não tem jeito, tudo é um melancólico sonho.
Mas
muitas vezes nos posicionamos como D. Quixote; “Uns loucos apaixonados”, de
quem as pessoas criticam e ironizam. Tem, no entanto, momentos em que somos sábios,
filósofos e poetas, em uma cidade que é reprimida turisticamente e não reconhecida
por quem é de direito. Vocação, Competência e viabilidade infinita é seu
diferencial. Nosso é o grande desejo incansável e extraordinário de salvar o destino.
Mas a história continua, quando um grupo de
Profissionais de turismo disfarçados de cavaleiros, propõe-lhe um dueto, cujo
oponente que for vencido terá que obedecer ao vencedor. D. Quixote do turismo
nesta estória não perdeu e, se negou a deixar a vida de cavaleiro andante e
voltar para casa.
No caminho começou a idealizar que se
convocasse a todos poderiam fazer a diferença. Partiram ao grande encontro dos
rios, desbravaram florestas encantadas, descansaram sobre palhas de curuai e
até presenciaram a grande batalha dos botos da Amazônia.
Alguns monstros em forma de moinhos de vento
atravessaram o caminho desse cavaleiro como falta de apoio, compromisso e
vontade. Mas felizmente recuperei a sanidade e continuei em frente.
Há muitas passagens no livro de Santarém que
merecem ser visitadas, entre as quais se distingue a grande missão turística, o
encontro cultural e diversidade ambiental a qual transpõe seguidamente.
A aventura nos vai guiando melhor as coisas
do que pudéramos desejar; aqui estão: D. Quixote, seus amigos Sancho Pança. A
nossos monstros gigantes, a quem penso combater e extirpá-los a todos, e com
cujos despojos começaremos a prosperar; será boa guerra, pois é grande o serviço
á ser prestado a nossa donzela,